Fotinho do casamento

Pra quem não viu:

Teto

Depois de uma atitude desesperada do marido atrás de ajuda local para conseguirmos um teto, conseguimos: um quarto e cozinha temporário pro nosso primeiro mês. É mais caro do que planejamos, mas é só por um mês. Pelo menos teremos o bendito comprovante de residência que o embaixador quer ver pra deixar a gente entrar na Noruércules (piada interna). E Murphy age mais uma vez: um dia depois desta boa notícia, recebo a primeira resposta positiva das dezenas de emails que mandei para dezenas de proprietários noruegueses atrás de um cafofo para alugar. Não é que finalmente alguém tinha uma boa notícia pra me dar? O cara estava mesmo considerando seriamente a ideia de alugar pra gente, mas aí já era um tantinho tarde... Quem sabe quando chegarmos lá essa história ainda dá certo? Quem viver verá.

Documentos

A ordem do dia agora é arrumar todos os documentos que a Embaixada exige pra poder nos dar os vistos. A Universidade já mandou todos os documentos necessários que comprovem o vínculo empregatício do Dani, e já temos a certidão de casamento pra comprovar que somos casados, e que eu tenho que ir junto. Fácil, certo? Errado... A certidão tem que ser legalizada pelo Itamaraty. Pois é, parece que a Embaixada só reconhece nossa certidão se o Ministério das Relações Exteriores assegurar que ela é de verdade. Porque isso? Poxa, eles não acreditam no cartório? Outra: a gente precisa provar que temos onde morar na Noruega. Tudo bem, essa eu entendo. Eles não vão querer um casal tupiniquim sem-teto estragando a vista do país. Mas por isso temos que alugar um cafofo norueguês. E isso é meio bizarro. Procurar um apartamento pela internet, com base em algumas fotos e em descrições em norueguês que o Google Translator traduz para um português de Portugal meio esquisito. Fora ter que calcular o valor do aluguel mais os gastos com aquecimento, eletricidade e coisas do tipo, sem ter base nenhuma de quanto vai ser esse consumo, quanto isso vai custar, etc. E, pra terminar, esses trâmites consulares têm que ser feitos em Brasília. Como assim eu não consigo fazer isso em SP, a cidade que tem tudo? Quer dizer, tudo menos representação norueguesa.

Casamento

Em 8 de maio, comunicamos nossa decisão às famílias. E depois de um pedido de casamento, explicações, choques, planos, risos, lágrimas, documentos, taxas, reservas, cheques emitidos, cheques recebidos como presente e como herança, convites, compras de terno, vestido, alianças e champagne, o CASAMENTO! Em 12 de junho de 2010, Dia dos Namorados. Simples, com cerimônia civil seguida de almoço para a família e pacote nupcial no Maksoud. É verdade que depois de tudo isso cada um foi pra sua casa. Mas com a gente é assim. Casamento moderno. Na Noruega seremos tradicionais, na medida do possível. E pensar que tudo isso começou com aquelas 2 linhas...

2 linhas

Tudo começou de verdade em 7 de maio de 2010, com estas singelas 2 linhas, enviadas por e-mail:

Daniel, Good news! My nomination of you is accepted. You will soon receive a formal offer with details about salary, work permission, etc. Regards